sábado, 26 de dezembro de 2009

Importância da energia eólica é tema de relatório do Greenpeace

da Fiescnet
Para entidade, energia do vento pode ser responsável por 10% das necessidades mundiais de eletricidade até o ano 2020
A energia do vento (eólica) pode garantir 10 por cento das necessidades mundiais de eletricidade até o ano 2020, criar 1,7 milhão de novos empregos e reduzir a emissão global de dióxido de carbono na atmosfera em mais de 10 bilhões de toneladas. Estes são os principais dados de um novo relatório internacional elaborado pelo Greenpeace, pela Associação Européia de Energia Eólica (EWEA) e pelo Fórum pela Energia e Desenvolvimento e lançado hoje em Bruxelas (Bélgica) durante um seminário sobre fontes de energias renováveis.
O relatório "Wind Force 10: A Blueprint to Achieve 10% of the World’s Electricity from Wind Power by 2020" mostra que um total de 1,2 milhão de Megawatts (MW) de energia eólica pode ser instalado ao redor do mundo até 2020, produzindo mas que o total de energia necessária para alimentar toda a Europa hoje.
"A assinatura do Protocolo de Kyoto sinalizou para a indústria de energia o início do fim do uso de combustíveis fósseis", diz Corin Millais, da Campanha de Energia Renovável do Greenpeace. "Os governos devem agora agir para estabelecer um marco legal que inclua prazos para implantação de fontes energéticas renováveis. Não há desculpa para a passividade porque a energia eólica tem todas as condições de substituir de forma lucrativa as fontes tradicionais de energia".
Até o ano passado, a força do vento foi a fonte de energia de maior crescimento no mundo, com uma média de 40,2 de crescimento ao redor do mundo entre 1994-1998 e 10 mil Megawatts de capacidade instalada em mais de 50 países, incluindo o Brasil. Apesar de suprir cerca de 10% nas necessidades de eletricidade da Dinamarca, por exemplo, a contribuição da energia eólica em todo o mundo permanece abaixo de seu potencial, com uma média de 0,15%.
"O Brasil poderia ter uma participação efetiva e estratégica neste mercado porque possui áreas excelentes para captação de energia do vento, como o nordeste e a costa norte do Rio de Janeiro", diz Roberto Kishinami, Diretor-Executivo do Greenpeace Brasil. "Ao invés de o governo pensar em enterrar bilhões de dólares na finalização da usina nuclear de Angra II e na construção de Angra III, deveria tomar uma atitude mais inteligente e investir até dez vezes menos em fontes de energia renováveis e de baixo impacto sobre o meio ambiente, como a eólica".

Petrobras confirma descoberta de petróleo leve na Bacia de Santos

Nielmar de Oliveira, Rio de Janeiro
A Petrobras confirmou hoje (4), em nota à imprensa, a existência de petróleo leve em uma área na Bacia de Santos, localizada abaixo da camada de sal, de dois mil metros de espessura.
A descoberta já havia sido anunciada pela companhia em julho último, mas agora ficou constatada, a partir dos resultados de um teste em um poço pioneiro, que o óleo é de boa qualidade, e existe em quantidade significativa.
A descoberta é de grande importância uma vez que esta é a primeira vez que uma empresa de petróleo descobre óleo e gás abaixo da camada de sal, o que, na avaliação de es-pecialistas, poderá se configurar no futuro em uma “nova fronteira exploratória”.
Segundo a nota, o teste realizado em poço vertical revelou uma vazão de 4.900 barris de petróleo e 150.000 metros cúbicos de gás natural por dia. O bloco é operado pela Petrobras (65%) em consórcio com a BG (25%) e a Petro-gal (10%).
A empresa admitiu a necessidade de investimentos adicio-nais, inicialmente com a perfuração do primeiro poço de extensão, para a avaliação completa do volume de óleo do reservatório encontrado.
A descoberta vai de encontro aos planos da estatal de priorizar investimentos para exploração e produção em áreas com potencial para descobertas de óleo leve e gás natural constantes do Plano de Negócios da companhia, que prevê investimentos de mais de US$ 80 bilhões para o período 2007-2011.